O governo Jair Bolsonaro pretende acabar com alguns dos mais importantes direitos trabalhistas, atingindo diretamente os trabalhadores e trabalhadoras jovens; o governo acabará com o direito a férias, ao 13º salário e ao FGTS para os jovens que ingressarem no mercado de trabalho; plano está pronto e será executado
7 de Fevereiro de 2019 às 08:55 // Inscreva-se na TV 247
247 – O governo Jair Bolsonaro pretende acabar com alguns dos mais importantes direitos trabalhistas, atingindo diretamente os trabalhadores e trabalhadoras jovens. O governo acabará com o direito a férias, ao 13º salário e ao FGTS para os jovens que ingressarem no mercado de trabalho. A ideia de Paulo Guedes e sua equipe é usar a reforma trabalhista aprovada no governo Temer como base legal para a supressão dos direitos. Como esses direitos são considerados cláusula pétrea, eles não podem ser suprimidos de uma penada. O governo Bolsonaro pretende que as empresas forcem os próprios trabalhadores jovens a fazerem a opção, abrindo mão de todos eles, ficando, assim, de fora da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Os bolsonaristas inspiram-se no que foi feito quando da implantação do FGTS, em 1966, durante a ditadura militar. Os trabalhadores abriram mão da estabilidade no emprego, que era a regra na época, em troca do Fundo -sofreram enorme pressão nas empresas para “optarem”. Depois, o FGTS virou obrigatório e a estabilidade foi extinta, existindo apenas no serviço público.
A nova proposta vai constar no projeto de lei complementar que o Executivo enviará ao Congresso Nacional e que vai definir os detalhes do regime de capitalização da Previdência Social, modelo em que o trabalhador abre uma conta individual e faz uma espécie de poupança para ele mesmo contribuir para a sua aposentadoria -com isso, a ideia da solidariedade que estrutura a atual Previdência, na qual a geração atual de trabalhadores contribui para que os aposentados recebam, deixará de existir.
Segundo a minuta da reforma da Previdência, o regime de capitalização será obrigatório, e os trabalhadores serão obrigados a encaminhar seus recursos para os bancos ou conglomerados financeiros. Será a maior transferência de renda da história do país do setor público para os bancos.
Fonte: Brasil 247
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